RURAP

O Governo do Amapá realizou diversos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) na última semana nas localidades do Assentamento Pancada do Camaipi, no município de Mazagão, e Vila Nova, em Santana. A ação, coordenada pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), ofereceu aos agricultores emissão e renovação da Carteira do Agricultor, declarações para acesso a benefícios sociais, solicitação da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), orientações para acesso ao Crédito Rural e desenvolvimento de técnicas para agricultura.

Para oferecer um melhor atendimento aos agricultores foi utilizado o Escritório Móvel de ATER do RURAP, uma van adquirida este ano com objetivo de levar atendimentos às comunidades mais distantes do estado. Na ação foram realizados 95 atendimentos.

Para o diretor-presidente do Rurap, Hélio Dantas, os trabalhos itinerantes com o uso da são para atender os agricultores em áreas longínquas. “Os serviços levados pelo nosso escritório móvel facilitam muito para os produtores que estão longe das nossas sedes, e isso mostra o nosso compromisso levar atendimento a qualquer região”.

De acordo com gerente regional sul do Rurap, Raimundo Nonato, com o escritório móvel levando atendimento até as comunidades, os agricultores se sentem valorizados. “Sabemos das dificuldades dos nossos agricultores em chegar até os atendimentos necessários, mas com o uso desta nova ferramenta, conseguimos dar uma melhor atenção aos agricultores em sua própria região”, declarou.

O agricultor João Dias, 56 anos, do Assentamento Pancada do Camaipi, mostrou-se satisfeito em receber esses atendimentos na sua localidade. “É muito difícil para nós chegarmos até as sedes do Rurap, mas esse trabalho de trazer os serviços facilita muito para todos nós e só temos a agradecer”.

O veículo utilizado na ação está equipado com roteador de internet, gerador de energia e computadores. O intuito é percorrer as comunidades rurais. Os serviços específicos realizados no escritório móvel são os mesmos oferecidos pelos órgãos do setor primário, que vão desde a produção de projetos agrícolas até a emissão de Declaração de Aptidão ao Pronaf, Carteira do Produtor e cadastro de produtores.

Este ano o governo do Estado ainda realizará mais duas feiras no arquipélago.

“Esse programa foi uma das melhores coisas que aconteceu para nós agricultores; é muito bom, a nossa produção não se perde e podemos ver que todos ficam contentes em participar da feira. Isso é uma benção para todos nós do Bailique”! Esse é o relato da agricultora Maria dos Santos, 58, da comunidade de Franco Grande, no arquipélago do Bailique, contemplada com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Na última segunda-feira, 30, o distrito do Bailique recebeu mais uma feira do Programa. 13 escolas estaduais, duas municipais e uma instituição denominada “Doce Lar Projeto”, receberam do Governo do Estado do Amapá (GEA) alimentos provenientes da produção de 10 agricultores familiares da região. No arquipélago o barco “Extensionista” é utilizado para as atividades da feira.

Nesta ação no Bailique, o governo do Amapá adquiriu 3,6 mil quilos de produtos como abóbora, banana, coco seco e verde, limão, maxixe, melancia; além de diversas espécies de peixes. A aquisição acontece diretamente dos agricultores, o que representou mais de R$ 13 mil em alimentos. Em média cada agricultor receberá cerca de R$ 1 mil.

O programa é desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), que realiza a compra direta da produção e repassa à Secretaria de Estado da Inclusão e Mobilização Social (Sims), responsável pelo cadastro das entidades sociais e pela distribuição dos produtos.

A professora Orlandina Sena, diretora da Escola Estadual Romana Farias, na comunidade de Igaçaba, que recebeu 90 quilos em alimentos, destacou a satisfação em receber os produtos. “Esses alimentos reforçam, e às vezes, são o principal cardápio de nossa merenda escolar, com esse volume conseguimos alimentar nossos alunos por até quinze dias”, declarou.

No Bailique, desde o ano de 2016 até esta edição da feira, já foram inseridos na economia da região cerca de R$ 350 mil em alimentos e mais de 40 agricultores já forneceram produtos para o programa. Ainda este ano o distrito terá mais duas edições da feira.

Para o diretor presidente do Rurap, Hélio Dantas, a feira do PAA é uma das ações mais importantes do governo do Estado no interior, pois, tem acesso direto com os agricultores. “Nós redirecionamos o programa para todo o Estado nos primeiros anos de criação, pois, atendia somente Macapá, e agora observamos que deu certo e vem crescendo a cada ano; e os nossos produtores se sentem valorizados”.

Para ser beneficiada através do PAA, a entidade deve estar devidamente cadastrada no Núcleo de Segurança Alimentar e Nutricional (NSAN) da Secretaria de Estado da Inclusão e Mobilização Social.

Criado em 2003, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é uma ação do governo federal, com execução dos estados, para colaborar com o enfrentamento da fome e da pobreza no Brasil e, ao mesmo tempo, fortalecer a agricultura familiar. Para isso, o programa utiliza mecanismos de comercialização que favorecem a aquisição direta de produtos de agricultores familiares ou de suas organizações, estimulando os processos de agregação de valor à produção.

Comunidades apresentam grande potencial para o setor primário com a produção de açaí e outros produtos da região.

Uma equipe do Governo do Amapá, composta por membros das pastas do setor primário, coordenados pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), esteve no último fim de semana no arquipélago do Bailique, com o objetivo de realizar algumas ações, como a feira do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e uma série de visitas em várias comunidades para realização de levantamentos para futuras atuações em diversos seguimentos de responsabilidade do poder público estadual.

A comitiva contou presença dos diretores-presidentes do Institutos Rural do Amapá (Rurap), Hélio Dantas, e Estadual de Floresta (IEF), Marcos Tenório, além de representantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).    

O diretor-presidente do Rurap, Hélio Dantas, informou que o intuito é observar in loco as potencialidades da região e ouvir dos próprios moradores quais as necessidades prioritárias. “Estamos na região do Bailique buscando mais informações sobre o que podemos planejar para alavancar as potencialidades do arquipélago, mas também para analisarmos outras demandas e repassarmos aos responsáveis de cada setor”, declarou.   

Uma das visitas ocorreu na localidade de Franco Grande, onde foi observada a organização dos produtores de açaí que, através da associação, sete trabalhadores já conseguiram financiamentos entre R$ 7 e R$ 10 mil, para realização do projeto de manejo do fruto. Em novembro, o governo do estadual realizará na comunidade um curso sobre o manejo, com a participação de 20 produtores.

De acordo com Raimundo Quaresma, 64 anos, membro da Associação de Produtores da Comunidade de Franco Grande do Bailique, o açaí e pesca são as duas maiores atividades no local, e o incentivo do governo do Estado é fundamental para que as produções aumentem.

“Nós temos grandes aéreas com açaí nativo e, até pouco tempo, não sabíamos aproveitar; e o nosso peixe também era desperdiçado, mas agora, com apoio das instituições, estamos ganhando a oportunidade de melhorar a qualidade de vida da comunidade”, afirmou.

Outra localidade que recebeu a equipe foi Arraiol, onde as produções de açaí e mel já são destaques dentro e fora do arquipélago. Na localidade, são produzidas cerca de duas toneladas de mel, em um ano, e o açaí está em fase final para receber a certificação para exportação do produto.

“Trabalhamos durante muito tempo para chegarmos ao nível que estamos hoje. Felizmente nosso serviço está sendo reconhecido e, em curto prazo, estaremos apresentando nossos produtos em diversas regiões do Amapá e até fora do Estado”, disse José Cordeiro, líder da comunidade Arraiol.

Na Ilha do Brigue, o encontro foi com dona Cecília Mendes, 63, que possui uma propriedade onde se concentra uma grande plantação de açaí, coco, banana e melancia, dentro dos procedimentos de preservação da floresta.

“Aqui nós sempre trabalhamos para não afetar a natureza e sempre buscamos conhecimentos em todos os técnicos que o Estado nos oferece e, com isso, já conseguimos produzir o nosso açaí durante o ano inteiro e agora vamos investir mais na melancia e no cupuaçu”, afirmou a produtora.

Para o diretor-presidente do IEF, Marcos Tenório, a intenção da visita é identificar e em seguida criar condições para melhor atender a comunidade. “Agora estamos planejando e, em seguida, montaremos as estratégias para realizarmos as atividades necessárias para atender às demandas das comunidades do Bailique”, garantiu. 

A ideia é que, até o fim do ano, uma grande ação social seja montada e executada no arquipélago.